OS VERSOS ÁUREOS DE PITÁGORAS TRADUZIDO POR JÚLIO MACIEL

Pitágoras de Samos
Pitágoras, do grego Πυθαγόρας foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos entre cerca do ano 570 a.C. e 571 a.C. e morreu em Metaponto entre cerca do ano 496 a. C. ou 497 a.C. A sua biografia está envolta em lendas. 

Diz-se que o nome significa altar da Pítia ou o que foi anunciado pela Pítia, pois mãe ao consultar a pitonisa soube que a criança seria um ser extraordinário. Pitágoras foi o fundador de uma escola de pensamento grega denominada em sua homenagem de pitagórica. Teve forte influência na filosofia de Platão.

Os Versos Áureos de Pitágoras


Os Versos de Ouro, tradicionalmente atribuídos a Pitágoras (c. 580 a.C - 500 a.C), constituem um documento de valor inestimável e que, apesar de escritos há cerca de 2.500 anos, mantêm total atualidade.

Não se sabe, ao certo, quem foi o seu autor, mas é Lísis[1] quem parece reunir maior consenso entre os estudiosos. A cópia mais antiga que chegou até nós é de Hierocles de Alexandria[2], da qual foram feitas diversas traduções para línguas modernas, as quais, no entanto, apresentam algumas diferenças.


[1] Discípulo de Pitágoras, um dos poucos que escaparam à perseguição movida pelo tirano Cílon, como vingança de ter sido rejeitada a sua admissão à Escola de Crotona. Lisis fugiu para a Grécia e fixou-se em Tebas, onde foi amigo e mestre de Epaminondas.

[2] Hierocles de Alexandria (Sec V A.D.), filósofo neoplatonista, que se notabilizou por volta do ano 430. Foi discípulo de Plutarco e ensinou durante alguns anos em Alexandria, de onde, porém, terá sido banido. Mudou-se para Constantinopla, mas as suas opiniões religiosas foram tidas como tão ofensivas que foi preso e chicoteado. A única obra completa que chegou até nós é o seu comentário a Carmina Aurea de Pitágoras. Não confundir esta personagem com outras com o mesmo nome e também relacionadas com Alexandria.


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No verso aparece a palavra Tétrada (assim traduzida por Júlio Maciel), ou Τετρακτΰς, em grego. A Tetraktis é o número quaternário, ou o 10 formado pela adição dos quatro primeiros números (1+2+3+4), um dos conceitos fundamentais na doutrina pitagórica. Oquatro simboliza a terra, a totalidade do criado e do revelado, sendo a totalidade do criado também a totalidade do perecível. Pitágoras dizia que a nossa alma é formada pela tetraktis, ou seja a inteligência, a ciência, a opinião e a sensação.

Filosofia de Pitágoras
É dele que nos vem a palavra filosofia: amor à sabedoria. Em sua opinião, o homem deve primeiro, esforçar-se para alcançar a pureza da alma. Isso seria algo natural, se o homem respeitasse tudo o que vive. Se refletisse acerca do universo onde reinam a regularidade e a harmonia. E onde miríades de coisas crescem e se expandem naturalmente em seu próprio ritmo. Nesse macrocosmo majestoso, o número, o valor dos números e suas relações determinam tudo o que se manifesta.
Segundo Dicaiarcos, Pitágoras afirmava que a alma é imortal.
Tudo o que ocorre reaparece no curso da rotação do tempo e de acordo com determinados ciclos, e, por conseguinte, em verdade, nada é novo.
Tudo renasce com o que tinha antes ao seu redor, pois a vida decorre justamente em ligação com tudo o que a circunda. Homens e mulheres eram membros da escola pitagórica; todos os seus bens eram partilhados, e todos viviam em comunidade.
A sua influência se faz sentir em toda parte: na filosofia, na ética, na astronomia, na música e na matemática. A combinação entre música e astronomia pode ser observada na expressão “a música das esferas”.

Nesse contexto, Shakespeare também dá sua contribuição em O mercador de Veneza:
“Vem aqui, Jéssica, vê como a abóbada celeste está incrustada de pontos de ouro que cintilam. Cada corpo celeste que vês, por pequeno que seja, segue sua órbita cantando como um anjo no coro dos sempre jovens querubins. Assim a harmonia ressoa nas almas tornadas imortais. Mas, enquanto estivermos revestidos de argila, ela permanecerá inaudível para nós”.

Vídeos


Vídeo 1 - O Legado de Pitágoras - O Triângulo de Samus


Vídeo 2 – O Legado de Pitágoras – Pitágoras e Outros

Vídeo 3 - Desafiando Pitágoras

Academia Cearense de Letras
A Academia Cearense de Letras é a mais antiga de todas as academias culturais, do País. Foi Inspirada pela Academia de Ciências de Lisboa. Fundada em Fortaleza no dia 15 de agosto de 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras, sob a designação de Academia Cearense.
Seu primeiro presidente foi Tomás Pompeu de Sousa Brasil. Iniciou as atividades com 27 membros.
A ACL publicou em 1896, seu periódico sob a denominação de "Revista da Academia Cearense”, representando o pensamento e documentando os esforços da entidade, honrando as tradições culturais do Ceará.
Atualmente, denominada a "Revista da Academia Cearense de Letras", Passou por três fases de publicação (1896 a 1914 – 1937 a 1941 e a última de 1951 até os dias atuais).
No ano de 1956 a Academia Cearense de Letras faz constar entre seus diretores o nome de Júlio Maciel que publicara os versos de ouro de Pitágoras em 1925 e reeditara sua segunda edição em 1956 constando na Antologia da Revista deste ano (http://www.ceara.pro.br/acl/revistas/revistas/REV_1956.html).
Anualmente, concede o Prêmio Osmundo Pontes e, desde 2005, os prêmios Antônio Martins Filho e Fran Martins, para jovens escritores. Sua atual sede fica no Palácio da Luz, a antiga sede do Governo do Ceará, um importante prédio que faz parte do conjunto arquitetônico da Praça dos Leões em Fortaleza.

Site da ACL:

Júlio Maciel na ACL

Júlio Maciel já ocupou as seguintes cadeiras na Academia Cearense de Letras:

PATRONOS:
Cadeira 38
Tomás Pompeu (1930)
Tibúrcio Rodrigues (Atual)
Ocupante: Júlio Maciel em 8 de setembro de 1922.

Cadeira 28
João Brígido (1922)
Oto de Alencar (1930)
Mário da Silveira (atual)
Ocupante: Júlio Maciel em 1930.

Cadeira 24
Heráclito Graça (1922)
Mário da Silveira (1930)
Lívio Barreto (atual)
Ocupante: Júlio Maciel em 1951.

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